São 2h 30min AM

Eu. Definitivamente me defino como um merda.

Talvez ninguém leia isso realmente. Mas é só mais um meio que encontrei pra desabafar.
Aos 19 sou estudante do 3º semestre de Eng. da Computação e sinto-me um merda.
Nunca tive vontades extraordinárias de ser alguém grande, sempre deixei isso explicito pra minha família. Os colegas e amigos, sempre me viam como um cara seguro na vida, um pequeno homem determinado, um vulgarmente chamado "homão-da-porra".  Não, definitivamente não. Talvez, a partir dos 14 anos minha jornada de declínio teve um inicio. Por olhares desatentos de todos a minha volta, estava caindo, porém achavam eles, ser eu um salvador, um "homão-da-porra". Não. Eu estava caindo e não tive forças nem mesmo para levantar o dedo, pedindo socorro. Eles não viam. E se viam, ignoravam-me completamente, e se não ignoravam, talvez tinham esperança de que eu conseguiria superar minhas destrezas... Foi aqui, sim, aqui, que comecei a dançar com demônios (talvez um termo muito pesado para quem não está acostumado. Porém refiro-me a pensamentos que levam a destruição de eu mesmo). Por mais que eu tentasse, eles tornaram-se parte de minha mente. Comecei a tentar entende-los, mas de nada adiantou. Por mais que eu os compreendesse, eles ainda me dominavam por completo. Sucumbi a vontades inconcebíveis a quem eu era. Com muito Metal-Core, matei-me aos poucos. Aqui já estava com 16, acabando o 3º ano médio. Via meus colegas cheios de vontades e eu olhava pra dentro, contemplava meus vários vazios. Realmente eu não sei como fui parar em Licenciatura em Matemática, muito menos em um ano depois está fazendo Eng. da Computação. Nem ao menos o motivo que me fez escrever isso aqui, o inicial já não aparenta ser mais válido. Estou fadigado, com a alma gritando a morte. As vezes parece que o tempo passou rápido demais, ou eu passei tempo demais observando o quanto o tempo corria. E enquanto o tempo corria, aqui estava eu, sem vive-lo, sem sorrir, amar, sentir a vida, sentir a quarta dimensão e a quinta fluírem... Tornei-me um fantoche.







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